tag:blogger.com,1999:blog-8918731971103851252024-02-21T00:46:46.478+00:00Urbe CriativaNa cidade do pensamento, todas as ideias têm o seu espaçoAnonymoushttp://www.blogger.com/profile/02042462599118159389noreply@blogger.comBlogger22125tag:blogger.com,1999:blog-891873197110385125.post-38057857951067631142010-11-12T19:55:00.001+00:002010-11-12T19:57:33.534+00:00Coimbra terá uma Casa das Artes a partir de amanhãA Fundação Bissaya Barreto vai inaugurar amanhã, em Coimbra, a Casa das Artes, um espaço cultural que acolherá projectos de diferentes associações artísticas da cidade, entre as quais, para já, se encontram a Camaleão - Associação Cultural, o Fila K Cineclube e a Companhia de Teatro Marionet. Estas são as primeiras beneficiárias do projecto e vão ficar instaladas no novo espaço, situado na Avenida de Sá da Bandeira.<br /><br /><br />"A Casa das Artes pretende dar espaço efectivo à concretização de projectos de qualidade, de jovens associações culturais do tecido urbano de Coimbra que, por ausência de um espaço próprio, vêem reduzida a sua capacidade de diálogo com a cidade", afirma a presidente do conselho de administração da fundação, Patrícia Viegas Nascimento, esperando que a Casa das Artes "seja um espaço de incubação de projectos culturais".<br /><br />Segundo explicou, a Casa está estruturada de modo a permitir que cada associação tenha, pelo menos, "o seu próprio espaço-sede", mas tem também um "regime de partilha de espaços amplos e jardins", que permitem realizar espectáculos, exposições, e diversas performances. A fundação cede a Casa gratuitamente a cada uma das associações residentes, por três anos e, ao fim deste período, existe a possibilidade de acolher novos residentes.<br /><br />Patrícia Viegas Nascimento entende que, "numa altura em que por parte do Estado há um agravamento do desinvestimento em matéria cultural", a fundação não podia "deixar de actuar, tentando diminuir os muitos constrangimentos que os jovens empreendedores culturais têm hoje para se afirmar e projectar". A ideia é apostar "verdadeiramente no potencial cultural de Coimbra e dos seus agentes culturais".<br /><br />Amanhã, a partir das 17h, será feita uma visita à Casa e inaugurada uma exposição comemorativa dos dez anos da Companhia de Teatro Marionet, entre outros momentos, como a apresentação da peça Starview pela companhia de teatro A Camaleão, com concepção e direcção artística de Pedro Malacas e interpretação de Helena Faria e Rui Damasceno. Haverá também um momento musical, com Catarina Braga, e será projectado um trabalho em vídeo, A Criação, pelo Fila K Cineclube.<br /><br />12.11.2010 Por Maria João Lopes<br />Jornal Público<br />http://www.publico.pt/Local/coimbra-tera-uma-casa-das-artes-a-partir-de-amanha_1465735Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/02042462599118159389noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-891873197110385125.post-79392361889398116752010-04-09T19:49:00.001+01:002010-04-09T19:52:06.007+01:00Acção de Informação sobre Empreendedorismo no Sector das Artes, Cultura e Indústrias Criativas<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjgcrZ_e_T0ljmq8xyTqbgA4FZM9DzJgu0k6-MlAvhDU24XYEuVNPenIbR79RtMbDXGMAb9ak5pDOzFY-0GgguG2E_gTb4kl5t75ZQQY5nt-axdEqm5W4iNUkJwGMVbWQ65uzJvI-nlnP0/s1600/go2.wordpress.com.htm"><img style="float: left; margin: 0pt 10px 10px 0pt; cursor: pointer; width: 226px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjgcrZ_e_T0ljmq8xyTqbgA4FZM9DzJgu0k6-MlAvhDU24XYEuVNPenIbR79RtMbDXGMAb9ak5pDOzFY-0GgguG2E_gTb4kl5t75ZQQY5nt-axdEqm5W4iNUkJwGMVbWQ65uzJvI-nlnP0/s320/go2.wordpress.com.htm" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5458212262440337234" border="0" /></a><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br />Para mais informações: http://potencialc.wordpress.com/Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/02042462599118159389noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-891873197110385125.post-76980974618371044642009-08-16T00:15:00.001+01:002009-08-16T05:45:35.983+01:00Abertas Candidaturas ao ‘Programa Rede de Residências’<div style="text-align: justify;">Estão abertas as candidaturas à 2.ª edição do Programa Rede de Residências: Experimentação – Arte, Ciência e Tecnologia, que pretende apoiar a integração de artistas em centros de investigação científica e tecnológica, criando uma plataforma comum de trabalho e investigação entre artistas e cientistas. Os interessados poderão concorrer até ao próximo dia 30 de Setembro.<br />Desenvolvido pela Ciência Viva e a Direcção-Geral das Artes (DGArtes), este Programa “pretende fomentar o intercâmbio, a reflexão e a produção de conhecimento entre a arte e a ciência e tecnologia”, contemplando as seguintes áreas: Arquitectura, Artes Digitais, Artes Plásticas, Cruzamentos Disciplinares, Dança, Design, Fotografia, Música e Teatro.<br /><br />No Programa foi definida uma rede de instituições científicas de acolhimento para os artistas seleccionados, onde podem desenvolver projectos artísticos com ferramentas e processos próprios dos laboratórios de investigação científica. Em cada centro de acolhimento, a funcionar em períodos de quatro a nove meses entre Novembro de 2009 e Julho de 2010, o trabalho do artista é acompanhado por um investigador científico.<br /><br />De acordo com o regulamento, podem candidatar-se ao Programa cidadãos nacionais ou estrangeiros residentes em Portugal, que sejam portadores de currículo profissional e artístico com formação adequada e experiência específica para este tipo de projecto e que não tenham participado na 1.ª edição do Programa.<br /><br />As candidaturas implicam o preenchimento de um formulário disponível no site da iniciativa, que deve ser enviado, juntamente com os documentos referidos no mesmo, por correio electrónico para a DGArtes ou entregue pessoalmente, até 30 de Setembro de 2009.<br /><br />Os candidatos poderão visitar as entidades que constituem a rede do programa, mediante agendamento e confirmação, dentro de um calendário pré-definido. Esta é uma oportunidade para conhecer os cientistas e as linhas de investigação dentro das quais poderão vir a desenvolver os seus projectos.<br /><br />Retirado de:<br />http://www.portaldocidadao.pt/PORTAL/pt/noticias/08_2009/NEWS_abertas+candidaturas+ao+_programa+rede+de+residencias_.htm<br /></div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/02042462599118159389noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-891873197110385125.post-21562903936257232682009-07-06T00:53:00.002+01:002009-07-08T20:06:36.708+01:00concurso de ideias de negócio Arrisca Coimbra 2009Abertas inscrições para concurso de ideias de negócio Arrisca Coimbra 2009<br />A ideia é estimular o desenvolvimento de conceitos de negócio em torno dos quais se perspective a criação de novas empresas. Podem concorrer pessoas singulares ou colectivas que tenham por objectivo explorar uma ideia ou conceito de negócio e os prémios variam entre os 5.000 e os 500 euros. É o concurso de ideias de negócio Arrisca Coimbra 2009.<br />As candidaturas podem ser individuais ou apresentadas por equipas até 5 elementos de promotores da ideia apresentada a concurso, em que pelo menos um destes seja estudante ou recém-diplomado (diplomado há menos de três anos) do Ensino Superior de Coimbra.<br />A avaliação das várias propostas submetidas a concurso será efectuada por um júri constituído por um elemento indicado por cada parceiro do núcleo organizativo e por cada patrocinador do concurso.<br /><br />A viabilidade, a originalidade, o perfil dos promotores, a capacidade de síntese e a sustentabilidade vão ser os aspectos considerados pelo júri na avaliação de cada uma das ideias.<br /><br />Às ideia(s) vencedora(s) serão atribuídos os seguintes prémios de acordo com a elegibilidade da ideia e do(s) promotor(es): Prémio InovCapital, no valor de 5.000 euros; Prémio IEFP, de 3.000 euros; Prémio IAPMEI, de 2.500 euros; Prémio UNIVERSIA, de 1000 euros; e Prémio Coimbra Inovação Parque, no valor de 500 euros.<br /><br />O Concurso conta ainda com os apoios da SPGM – Sociedade Portuguesa de Garantia Mútua, da IPN-Incubadora e da ANJE.<br /><br />As ideias de negócio a submeter a concurso deverão ser enviadas até ao dia 16 de Outubro de 2009, data em que termina o prazo para recepção de candidaturas, mediante o envio do formulário devidamente preenchido para gats@ci.uc.pt Este endereço de e-mail está protegido de spam bots, pelo que necessita do Javascript activado para o visualizar<br /><br />A organização do concurso recomenda que os promotores das ideias de negócio concorrentes, frequentem o ciclo de workshops, que irá decorrer paralelamente ao concurso, sobre temas e conteúdos a definir. O ciclo de workshops é aberto a todos os interessados.<br /><br />O link para a página do GATS com os conteúdos do concurso é: http://www.uc.pt/gats/projectos/arrisca_2009/. No entanto, é igualmente possível aceder pela página inicial, onde foi dado o devido destaque à iniciativa.<br /><br />Para mais informações os interessados devem contactar a organização do concurso através do endereço de email gats@ci.uc.pt Este endereço de e-mail está protegido de spam bots, pelo que necessita do Javascript activado para o visualizar ou através do site www.uc.pt/gats.Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/02042462599118159389noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-891873197110385125.post-52568575022130779282009-07-06T00:50:00.002+01:002009-07-08T20:04:44.719+01:00Concurso Criar 2009Concurso<br />Participe e habilita-se a ganhar 1000€.<br /><br />Envie um vídeo com um ideia criativa, com a duração máxima de 5 minutos (sendo a duração recomendada de 3m), que se enquadre numa das seguintes categorias:<br /><br />Visões - Ideias de natureza conceptual, podendo, por exemplo, ser uma simples declaração ou apresentação<br /><br />Design - Ideias de criação de um objecto, forma ou estrutura, funcional ou artística<br /><br />Tecnologias - Ideias de uma aplicação ou solução informática<br /><br />Veja o regulamento completo em:<br /><br /><a href="mailto:concursocriar2009@cnel.gov.pt">concursocriar2009@cnel.gov.pt</a>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/02042462599118159389noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-891873197110385125.post-57876030269044959862009-07-06T00:44:00.001+01:002009-07-06T00:44:47.215+01:00lançamento internacional da Rede de Cidades CriativasRealiza-se, no próximo dia 7 de Julho, o lançamento internacional da Rede de Cidades Criativas, no Pavilhão de Portugal, no Parque das Nações, em Lisboa. É uma iniciativa do Programa UT AustinPortugal, em parceria com a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo e a Câmara Municipal de Lisboa.<br />O acesso é livre, mas sujeito a inscrição prévia através do site <a href="http://creativecitieslisbon.org/">http://creativecitieslisbon.org</a>.<br />Segundo <a href="http://www.creativeclass.org/" hasbox="2">Richard Florida</a>, as cidades são actores fundamentais para a economia de um país. As cidades que investem na creatividade são aquelas que vão ganhar maior relevância no panorama da economia do conhecimento.<br />Mais informações e inscrições em <a href="http://creativecitieslisbon.org/" hasbox="2">http://creativecitieslisbon.org</a>.Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/02042462599118159389noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-891873197110385125.post-57106646056492490162009-03-05T20:17:00.001+00:002009-03-05T20:18:21.192+00:00Coimbra Criativa e Empreendedora<div align="justify">Coimbra Criativa e Empreendedora<br />16 Fevereiro 2009<br />Apresentação<br />Apesar do difícil cenário de crise internacional, 2009 anuncia-se um ano em que Coimbra e o Centro de Portugal têm oportunidades de futuro, geradas por um conjunto de valências que bem coordenadas e organizadas em rede, serão fontes de desenvolvimento formidáveis.Estas valências têm de ser promovidas para que todos tenhamos consciência delas e sejamos capazes de definir, de forma clara, estratégias de longo prazo para o desenvolvimento sustentável da cidade e do Centro de Portugal.<br /><br />Motivação<br />É na capacidade de inovar, realizar e ter sucesso que devemos investir. Esta aposta é fundamental para que hajam mais empresas a apostar em investigação e desenvolvimento (I&D) e na criação de novas empresas resultantes de I&D feito em universidades e centros de investigação. A importância da inovação e do sentido de risco têm de fazer parte dos nossos dias, sendo um contributo decisivo para a mudança cultural que urge promover.<br /><br />Objectivos<br />Aproveitando a feliz coincidência de 2009 ser o ano europeu da Criatividade e Inovação – sendo também o ano em que Coimbra vai inaugurar a primeira fase do Coimbra Inovação Parque (IParque) e construir o seu Centro de Negócios, além de grande parte dos primeiros edifícios empresariais do parque – vamos desenvolver um ambicioso plano de eventos que terá o triplo objectivo de:<br />Divulgar as capacidades da cidade e do Centro de Portugal;<br />Dar visibilidade internacional às nossas iniciativas: parques de ciência e tecnologia, parques industriais, incubação de empresas, oferta formativa de nível médio e superior, capacidades de investigação e desenvolvimento, empresas, etc.;<br />Envolver a população, nomeadamente os mais novos para que despertem para as oportunidades que se lhes oferecem e que é necessário saber aproveitar.<br /><a href="http://www.coimbracriativa.pt/index.php?option=com_content&view=article&id=6&Itemid=12&lang=pt">http://www.coimbracriativa.pt/index.php?option=com_content&view=article&id=6&Itemid=12&lang=pt</a></div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/02042462599118159389noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-891873197110385125.post-80929724333903263352009-01-08T19:51:00.002+00:002009-01-08T19:53:41.593+00:00O ciclo virtuoso das cidades criativas<div align="justify"><strong><span style="font-size:130%;">O ciclo virtuoso das cidades criativas</span></strong><br /><strong><br /></strong>Publicado no dia 1 de Agosto de 2008 , por <a href="mailto:fpacheco@meiosepublicidade.workmedia.pt">Filipe Pacheco</a> no sítio <a href="http://www.meiosepublicidade.pt/">meios e publicidade</a> no seguinte endereço <a href="http://www.meiosepublicidade.pt/2008/08/01/o-ciclo-virtuoso-das-cidades-criativas/">http://www.meiosepublicidade.pt/2008/08/01/o-ciclo-virtuoso-das-cidades-criativas/</a><br />As indústrias criativas são sinónimo de vitalidade económica. Agora, é o Porto que quer seguir o caminho já trilhado por cidades como Sheffield, Amesterdão e Barcelona<br />As indústrias criativas estão a ocupar um lugar de destaque no crescimento da economia de vários países europeus. O Reino Unido, que antes de 1997 ocupava um lugar marginal no produto do país, colocou as indústrias criativas no topo das prioridades da agenda política do governo britânico. A razão não é para menos. As actividades ligadas ao cinema, à música, à publicidade ou ao design estão a competir taco-a-taco com os sectores mais tradicionais da economia do país, com os números a demonstrarem de forma clara esta realidade: 7,3% do produto interno bruto tem origem nas actividades ligadas ao sector, estando 1,8 milhões de activos daquele país empregados na indústria. A euforia é tal, que em Fevereiro deste ano, o governo de Gordon Brown decidiu apresentar um plano que tem por objectivo fazer do Reino Unido o centro mundial das indústrias criativas.<br />O plano prevê a criação de um centro mundial das artes globais, que procurará apoiar o talento criativo em sectores como a moda, o cinema, a animação e as novas tecnologias. Englobado no projecto está também prevista a implementação de uma oferta de cinco horas semanais de actividades culturais, que incluem a visita a museus, a galerias, cinemas e teatros. A pensar na evolução do meio digital, o governo trabalhista conta também criar institutos de meios digitais, estando ainda a estudar a possibilidade de fundar uma academia de artes criativas coordenada pelo St. Martin’s College of Art and Design e pelo Chelsea College of Art.<br />Já nas áreas ligadas à comunicação, números da Work Foundation vêm dizer que cada vez mais clientes internacionais recorrem ao talento criativo do país, fazendo entrar, só nas áreas da publicidade, design e arquitectura, cerca de três mil milhões de euros por ano em terras britânicas.<br />A maior evidência da importância que a criatividade está a assumir no panorama da economia britânica encontra-se na extensão desta política para outras cidades do país. Tal como em Londres, Sheffield está a apostar em políticas concertadas para impulsionar a criatividade no meio digital. Ainda em Março de 2007, foi anunciada a parceria com a Creative Space Management, no sentido da empresa gestora de centros de media, estúdios de design e todas as actividades relacionadas com a criatividade gerir o Sheffield Digital Campus. O objectivo da fundação deste pólo regional para a área digital e criativa é atrair negócios substanciais que permitam à cidade fazer acelerar o crescimento da sua economia nos próximos dez anos. Nesse sentido, já estão a ser disponibilizados serviços associados, tecnologia de ponta e instalações adaptadas às necessidades das empresas com elevado potencial de crescimento no sector digital.<br />Contudo, o crescimento da economia criativa nas várias cidades europeias também está assente noutro tipo de estratégias. É o caso da cidade de Amesterdão, onde uma política de fortes incentivos fiscais levou a que grandes agências, como a da Wieden + Kennedy, tivessem atraído contas como as da Nike para serem trabalhadas na capital holandesa. O peso de actividades editoriais, artísticas e publicitárias não pára de crescer, tendo sido recentemente demonstrado no estudo As Indústrias Criativas na Holanda, da autoria de Erik Stam, Jeroen P.J. de Jong e Gerard Marlet, que a ligação de mais de 9% da população a estas actividades tem directamente contribuído para os níveis de crescimento do emprego na cidade de Amesterdão. Trata-se, portanto, da emergência de um ciclo virtuoso, já que as cidades criativas são sinónimo de talento e têm, por isso, a capacidade para atrair investimento e massa crítica que permitem, com base nesse modelo, acelerar os níveis de criação de riqueza das regiões.<br />O exemplo de Barcelona é paradigmático. Com a implementação de políticas públicas e do florescimento de escolas ou centros de excelência na área do design, a cidade conseguiu atrair para a Catalunha empresas e algumas marcas de peso na economia europeia, como são a Renault e a Seat. O Centro de Design de Barcelona está agora a assinalar os seus 35 anos, e a efeméride pode muito bem ser entendida como um marco do hub criativo criado na cidade catalã. Afinal, o centro tem sido, ao longo dos anos, um dos eixos do design enquanto elemento estratégico para a excelência da actividade empresarial da região.<br />A necessidade de impusiolnar as indústrias criativas e negócios invadores em Barcelona foi também expressa no Consejo Asesor Internacional de la Generalitat, criado em 2007. O fórum tem, na génese, o objectivo de discutir com especialistas de todo o mundo a forma de atrair novos talentos para reforçar as áreas da investigação e a criação de novos negócios na região da Catalunha. Na primeira reunião, que juntou 14 empresários e académicos de todo o mundo, foi reconhecido que a abertura de Barcelona ao mundo global não pode estar dependente da “obsessão” da cidade catalã em comparar-se com Madrid na capacidade que a capital espanhola tem para a atrair investimento, sendo apontada como uma das soluções a criação de um cluster criativo na Catalunha.<br />O caso do Porto<br />A mesma ideia foi discutida recentemente no Porto, a propósito da apresentação do estudo Desenvolvimento de um Cluster de Indústrias Criativas na Região Norte, impulsionado pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte e coordenado pelo especialista britânico Tom Fleming. O documento sustenta que a região do Porto reúne condições para se tornar no pólo criativo de referência em Portugal. A existência de um conjunto de estabelecimentos de ensino com capacidade para criarem talentos criativos e a existência de infra-estruturas são alguns exemplos que ilustram o potencial daquela região. Com a economia criativa a representar, neste momento, um volume de negócios de 646 mil milhões de euros na União Europeia, a solução apontada passa por aproximar o Porto de um novo modelo económico assente na criatividade. É defendida assim a criação de uma agência que sirva de pólo de articulação entre os agentes públicos e privados ligados às indústrias criativas da cidade. “A criação de benefícios fiscais ao investimento nas indústrias culturais, a criação de um fundo regional de investimento que combine empréstimo, capital de risco e project finance, para que seja possível alavancar negócios criativos que necessitam de ganhar escala” são outras das medidas apontadas para aproximar o Porto das cidades europeias onde a excelência criativa é já, actualmente, entendida como o grande paradigma do desenvolvimento económico.</div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/02042462599118159389noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-891873197110385125.post-15409231817343756422009-01-02T20:21:00.004+00:002009-01-02T20:24:44.678+00:00Rede Cidades Criativas<div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHIQsMmMHndtBlQGLWDxetJfA7HDn7fwQt7DcW_VUPih0Urrf8Tx3KxfpTPZ0VGPye6HSZjDwwXCgZ9Kt50djZMc0B6WmlXAgbdLm_piKK7O4GLSfEaTfRi7d8Xkc79T_b4o3JuBgUfv4/s1600-h/cidadescriativas.gif"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5286794599681156162" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 180px; CURSOR: hand; HEIGHT: 135px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHIQsMmMHndtBlQGLWDxetJfA7HDn7fwQt7DcW_VUPih0Urrf8Tx3KxfpTPZ0VGPye6HSZjDwwXCgZ9Kt50djZMc0B6WmlXAgbdLm_piKK7O4GLSfEaTfRi7d8Xkc79T_b4o3JuBgUfv4/s320/cidadescriativas.gif" border="0" /></a> A rede de Cidades Criativas foi criada pela <a href="http://portal.unesco.org/en/ev.php-URL_ID=29008&URL_DO=DO_TOPIC&URL_SECTION=201.html">UNESCO</a> em 2004 e propõe-se a por em contacto cidades criativas de forma a que possam partilhar conhecimentos, saber fazer, experiencia, habilidades directivas e tecnologia. As cidades podem solicitar a admissão à Rede e aderir ao Programa, assegurando, assim, a possibilidade de desenvolver o seu papel como um centro de excelência criativa, apoiando, ao mesmo tempo, outras cidades, especialmente aquelas pertencentes a países em desenvolvimento, a cultivar a sua própria economia criativa.</div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/02042462599118159389noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-891873197110385125.post-82739715994958963192008-08-17T00:18:00.000+01:002008-08-17T00:19:41.498+01:00Criatividade para a reabilitação urbana na região norte<div align="justify"><strong>Criatividade é a palavra-chave a usar para a reabilitação urbana na região norte</strong><a href="http://jornal.publico.clix.pt/main.asp?dt=20080816&id="> </a><br />Ricardo Luz e Carlos Martins falam do trabalho de campo a partir do qual traçaram um mapa optimista para o futuro das actividades criativas e culturais na cidade do Porto<br />A Há duas palavras que são "conjugadas" com especial veemência por Ricardo Luz e Carlos Martins, quando falam do potencial que as indústrias criativas têm para a revitalização do Porto e da região norte: optimismo e "empreendedorismo". Esta última, ainda não consagrada no vocabulário da língua portuguesa, começa a surgir com cada vez maior persistência nos estudos e nos relatórios de pendor económico com que empresas e instituições se propõem enfrentar a crise que a região e o país atravessam.<br />Ricardo Luz e Carlos Martins são dois economistas formados na Universidade do Porto, com especializações em gestão empresarial e em áreas como o desenvolvimento urbano sustentável (o primeiro, em Cranfield, Inglaterra) e em turismo cultural (o segundo, em Barcelona). São também sócios fundadores das duas empresas (Gestluz e Opium) que, com a Horwath Parsus Portugal e a Creative Consultancy do inglês Tom Fleming, elaboraram o estudo para o Desenvolvimento de Um Cluster de Indústrias Criativas na Região Norte, tornado público há duas semanas na Fundação de Serralves, uma das entidades que tomou em mãos este desígnio em resposta a um desafio da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Norte.<br />"As indústrias criativas têm sido o ponto mais avançado da revitalização urbana em muitas cidades degradadas, principalmente da Europa do Norte, com o Reino Unido no centro destas experiências", diz Carlos Martins. Foi a essa luz que ambos os consultores convocaram a experiência de Tom Fleming, mas também de Charles Landry, autor do livro The Creative City: A Toolkit for Urban Innovator (2000) e um dos "papas" da teorização das indústrias criativas, para dirigir o levantamento de território que foi feito no Porto e no Norte durante os últimos seis meses.As conclusões desse estudo constituem um autêntico manual de acção e de optimismo. O Porto e o Norte têm todas as condições para começarem a trilhar um novo caminho e para abrir essa nova "janela de oportunidades", como agora se diz, que são toda uma série de estruturas patrimoniais e de actividades potencialmente criativas que estão disseminadas pelos principais núcleos urbanos da região, mas a que falta estabelecer "conectividade" e dar uma nova "alavancagem" (duas outras palavras novas no vocabulário deste sector de actividade)."O Tom Fleming trouxe-nos a metodologia e uma experiência de campo principalmente centrada no seu país, como em mais de 30 outros em todo o mundo ", justifica Ricardo Luz, referindo-se à reunião das três empresas portuguesas com o consórcio do britânico.<br /><strong>Regresso à Baixa<br /></strong>Tanto Ricardo Luz como Carlos Martins realçam o facto de o Porto viver actualmente uma conjuntura especialmente propícia à experimentação e à aplicação prática de algumas medidas tendentes a empreender novos caminhos. O programa de revitalização da Baixa e da zona Património Mundial actualmente em curso, nomeadamente através da acção da Porto Vivo -Sociedade de Reabilitação Urbana (para a qual têm prestado serviços) é "um campo de experiência fantástico", nota Carlos Martins. E associa-lhe o movimento de regresso das pessoas ao centro urbano, como todas as noites se pode verificar na "movida" nas ruas em volta da Avenida dos Aliados (Passos Manuel, Almada, Cândido dos Reis, Galeria de Paris, esplanada do café Piolho).<br />"Dizia-se que, no centro do Porto, há muitas zonas que não têm ninguém. Hoje acontece um pouco o inverso: há zonas que, durante o dia, não têm ninguém, mas à noite estão cheias. Inverteu-se o fenómeno. Há agora que reequilibrá-lo, fazendo-o perdurar ao longo das 24 horas do dia", reclama Carlos Martins.<br />Os dois empresários-consultores acreditam que este regresso à Baixa "é um fenómeno identitário e simbólico" e é irreversível. "Há um clic que já se verificou", nota Ricardo Luz, evocando a sua experiência de "trabalho no terreno" nos últimos quatro anos. Este fenómeno tem-se verificado nas áreas, e nas horas, do lazer (restaurantes, cafés, bares e galerias), mas falta-lhe ainda a dimensão residencial, o que só se conseguirá, diz Carlos Martins, quando for alterada "a rigidez no mercado das rendas" e quando se modificar o "ambiente social pouco simpático, marcado ainda pela mendicidade, pelo consumo de droga e pelos problemas sociais" que aí existem.<br />"Mas, em qualquer cidade, as partes mais degradadas sempre foram ocupadas primeiro pelos artistas; depois é que vêm as outras camadas, até à classe média alta", assinala o empresário da Opium.<br /><br /><strong>Um mapa criativo<br /></strong>As indústrias criativas têm sido o ponto estratégico para a revitalização urbana. E o levantamento que os autores fizeram no centro urbano portuense identifica uma grande quantidade (269) e diversidade de núcleos de actividades criativas, entre os espaços comerciais, culturais e de lazer nocturnos, mas também estabelecimentos de ensino artístico e organizações culturais. O mais curioso do mapa portuense destas actividades criativas é ele denotar uma distribuição bastante equilibrada por toda a trama do centro da cidade, desde a Sé a Cedofeita, de Miguel Bombarda a Santo Ildefonso - mas é também sem surpresa que a maior densidade se encontra na zona das galerias de arte (Miguel Bombarda/Palácio de Cristal) e nas ruas a poente dos Aliados.Martins e Luz encontraram aqui alguns sinais de "clusterização" (outra palavra nova). E por razões práticas óbvias: um arquitecto procura estabelecer o seu atelier numa zona onde haja também maquetistas e designers, porque precisam uns dos outros."Falta ainda massa crítica, de clientes e de criadores, mas os elementos existem aí, e é por isso que vale a pena trabalhar sobre eles", acreditam os autores do estudo, que vêem com bons olhos a decisão da CCDR de criar uma agência e de lançar um concurso público aos dinheiros comunitários para ajudar a desenvolver esta potencialidade.<br /> 269 núcleos de actividades criativas foram identificadas pelos autores do estudo dentro do perímetro do centro urbano do Porto<br />1,4 por cento (equivalentes a 6358 milhões de euros) é o peso no PIB português das indústrias criativas, em 2003. Na União Europeia, esse peso é de 2,6 por cento (654 mil milhões de euros), empregando 5,8 milhões de pessoas<br />30 por cento das pessoas nas indústrias criativas em Portugal são licenciadas</div><div align="justify"> </div><div align="justify"><span style="font-size:78%;">Jornal Público 16.08.2008, Sérgio C. Andrade</span> </div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/02042462599118159389noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-891873197110385125.post-10803675021576760652008-07-24T22:30:00.000+01:002008-07-24T22:31:16.524+01:00Indústrias criativas<div align="justify">As indústrias criativas são a "visão" para revitalizar o Norte de Portugal<a href="http://jornal.publico.clix.pt/main.asp?dt=20080723&id="> </a><br />Estudo para o desenvolvimento de um “cluster” criativo na região norte é hoje apresentado na Fundação de Serralves<br />O Norte deverá apostar em tornar-se na região criativa de Portugal - é esta "a visão" e o desafio lançado pelos consultores britânicos Tom Fleming e Charles Landry, nas conclusões do estudo que elaboraram para o desenvolvimento de um “cluster” de indústrias criativas na região norte, que hoje de manhã será apresentado na Fundação de Serralves, no Porto.<br />"A região norte de Portugal enfrenta sérios constrangimentos que ameaçam a sua competitividade e a sua capacidade de recuperar dinâmicas de produção de riqueza, mas tem em si os recursos, os agentes e a energia de que necessita para o fazer com sucesso", dizem os autores deste estudo-radiografia, sobre o qual elaboram uma estratégia e um ambicioso plano de acção tendo em vista "o reforço da massa crítica do capital criativo da região".<br />O plano de acção tem três eixos estratégicos: apostar na capacidade criativa, no planeamento e definição de políticas e em tornar atractivos os lugares criativos, enumera o estudo. O documento aponta também a necessidade de criação de uma estrutura autónoma de governação - chama-lhe Agência para o Desenvolvimento Criativo do Norte de Portugal - que deverá ser participada pelos principais agentes do território e mobilizar a iniciativa privada.<br />Tom Fleming e Charles Landry são reconhecidos especialistas internacionais no estudo das indústrias criativas e da sua importância para a revitalização de cidades deprimidas. O consórcio Tom Fleming Creative Consultancy foi o escolhido pela Fundação de Serralves, que liderou uma parceria em que também intervêm a Casa da Música, a Sociedade de Reabilitação Urbana da Baixa Portuense e a Junta Metropolitana do Porto, todos respondendo a um desafio lançado pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), à procura da tal "visão" inovadora para ajudar ao desenvolvimento desta região.Odete Patrício, directora-geral de Serralves, justifica a opção pelo consórcio de Fleming com a sua experiência "muito ligada ao terreno". Numa conferência apresentada no Porto no início de Fevereiro, quando o lançamento do estudo foi anunciado, Fleming citou o exemplo da cidade inglesa de Sheffield na década de 1980. A aposta nas indústrias criativas ajudou Sheffield a sair da crise em que a decadência da indústria da metalurgia a tinha então mergulhado.<br /> No estudo agora feito para a região Norte, os autores fizeram incidir a sua atenção no centro histórico e na Área Metropolitana do Porto, e também nas cidades universitárias envolventes, como Braga, Guimarães, Vila Real e Aveiro.<br /> As duas primeiras são as que, na opinião de Fleming e Landry, apresentam "a dimensão e o carisma capazes de potenciar" as indústrias criativas: pela importância dos centros de investigação e desenvolvimento da Universidade do Minho, pela classificação patrimonial pela UNESCO do centro histórico de Guimarães e pela oportunidade que o acolhimento da Capital Europeia da Cultura em 2012 cria de "estabelecimento de um compromisso a longo termo e assumindo-se como representante do potencial criativo da região e das suas indústrias criativas".<br /> O estudo centra-se sobretudo no centro histórico e área metropolitana do Porto e em cidades como Braga ou Aveiro<br /><span style="font-size:78%;">Jornal Público - 23.07.2008, Sérgio C. Andrade</span><br /><br /> </div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/02042462599118159389noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-891873197110385125.post-25337531498667483512008-06-12T22:51:00.000+01:002008-06-12T22:52:51.399+01:00Ideias<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWrVbMjdO22DQ88ymGjbU4nOHzo4N-5gVEAYlMaXdl3o-2ywfMepNPypcEcDCsbaZwmqu7PpXcFJyu7evfKs0C2biQ4ed0cI6YngKM1fNNB1-8LqQOL5JQJB3rO4QgTcRYeRyyTK_BVKY/s1600-h/As%20id%EF%BF%BDias%20-%20OESP%20-%209jan2007%20-%20pB9.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5211116133449303634" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWrVbMjdO22DQ88ymGjbU4nOHzo4N-5gVEAYlMaXdl3o-2ywfMepNPypcEcDCsbaZwmqu7PpXcFJyu7evfKs0C2biQ4ed0cI6YngKM1fNNB1-8LqQOL5JQJB3rO4QgTcRYeRyyTK_BVKY/s320/As%2520id%25E9ias%2520-%2520OESP%2520-%25209jan2007%2520-%2520pB9.jpg" border="0" /></a><br /><div></div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/02042462599118159389noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-891873197110385125.post-38246264594466690092008-05-29T00:20:00.003+01:002008-06-01T23:56:48.594+01:00Richard Florida<div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjypYOvIk8w7OScKUKKtXQRHV_ShtK33JFNy20AdWaYEcej52ztRp6MZ28NGO3oxTcz_khlccw5caI7un9fNkGTHeOI5lWnPL1-1S9nTBH8BuEzDz0Am7Tsiz7QHgDM9YR1urMQBzMNE48/s1600-h/richard+florida+2.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5205573031535593634" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjypYOvIk8w7OScKUKKtXQRHV_ShtK33JFNy20AdWaYEcej52ztRp6MZ28NGO3oxTcz_khlccw5caI7un9fNkGTHeOI5lWnPL1-1S9nTBH8BuEzDz0Am7Tsiz7QHgDM9YR1urMQBzMNE48/s320/richard+florida+2.jpg" border="0" /></a> Esteve recentemente em Portugal um dos individuos mais influentes na concepção das cidades criativas.</div><div align="justify">Na altura identificou os três T's (Tecnologia, Talento e Tolerância) como factores determinantes para ascender ao ranking das mega-regiões: regiões que acolhem actividades económicas em larga escala e geram a maior percentagem de actividade económica e inovações científicas e tecnológicas, a nível mundial.<br />Dos 191 países do mundo, só existem 40 mega-regiões que impulsionam a economia mundial: estas representam um quinto da população, dois terços do rendimento económico mundial e mais de 85 por cento da inovação global. A Grande Lisboa está em 33.º lugar na lista encabeçada pela Grande Tóquio, mas poderá ir mais longe, segundo o economista norte-americano.<br />«A única coisa que vos está a travar é a mentalidade. Portugal tem sido aprisionado por uma mentalidade antiquada», declarou à Lusa, à margem da conferência organizada pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDR-LVT) e pela Ordem dos Economistas.<br />Richard Florida antevê um futuro promissor para Lisboa, que já está em fase de transição e atrai classes criativas, mas salientou que é preciso valorizar mais a tolerância e a liberdade de expressão individual (self-expression).<br />Richard Florida é autor do best-seller The Rise of the Creative Class (A ascensão da classe criativa) e lançou recentemente Who's Your City (Quem é a tua cidade) onde sugere que a escolha do lugar onde vivemos pode ser uma decisão tão importante como escolher um parceiro ou um emprego.<br />O economista advoga o surgimento de uma classe criativa, associada a sectores com grande capacidade de inovação, e associa o desenvolvimento e êxito das cidades à sua capacidade de atrair esta classe emergente.<br />Tudo se passa numa sociedade em que o crescimento económico já não é sustentado pela criação de postos de trabalho, nem pelo desenvolvimento de clusters suportados pela indústria tradicional ou pelas tecnologias de ponta. </div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/02042462599118159389noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-891873197110385125.post-33916643315222823192008-03-27T18:26:00.001+00:002008-03-27T18:26:50.812+00:00Made in Germany | Hamburg - Creative Capital<div xmlns='http://www.w3.org/1999/xhtml'><p><object height='350' width='425'><param value='http://youtube.com/v/H9geqtFrorI' name='movie'/><embed height='350' width='425' type='application/x-shockwave-flash' src='http://youtube.com/v/H9geqtFrorI'/></object></p></div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/02042462599118159389noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-891873197110385125.post-35323366837080683842008-03-04T16:21:00.002+00:002008-03-04T16:24:04.854+00:00PORTUGAL<div align="justify">PORTUGAL em 1896<br /><br />«Um povo imbecilizado e resignado, humilde e macambúzio, fatalista e sonâmbulo, burro de carga, besta de nora, aguentando pauladas, sacos de vergonhas, feixes de misérias, sem uma rebelião, um mostrar de dentes, a energia dum coice, pois que nem já com as orelhas é capaz de sacudir as moscas; um povo em catalepsia ambulante, não se lembrando nem donde vem, nem onde está, nem para onde vai; um povo, enfim, que eu adoro, porque sofre e é bom, e guarda ainda na noite da sua inconsciência como que um lampejo misterioso de alma nacional - reflexo de astro em silêncio escuro de lagoa morta (...)<br />Uma burguesia, cívica e politicamente corrupta até à medula, não descriminando já o bem do mal, sem palavras, sem vergonha, sem carácter, havendo homens que, honrados (?) na vida íntima, descambam na vida pública em pantomineiros e sevandijas, capazes de toda a veniaga e toda a infâmia, da mentira e da falsificação, da violência e do roubo, donde provém que na política portuguesa sucedam, entre a indiferença geral, escândalos monstruosos, absolutamente inverosímeis no Limoeiro (...)<br />Um poder legislativo, esfregão de cozinha do executivo; este, criado de quarto do moderador; e este, finalmente, tornado absoluto pela abdicação unânime do país, e exercido ao acaso da herança, pelo primeiro que sai dum ventre - como da roda de uma lotaria (...)<br />A justiça ao arbítrio da política, torcendo-lhe a vara ao ponto de fazer dela saca-rolhas (...)<br />Dois partidos (...) sem ideias, sem planos, sem convicções, incapazes, (...) vivendo ambos do mesmo utilitarismo céptico e pervertido, análogos nas palavras, idênticos nos actos, iguais um ao outro como duas metades do mesmo zero, e não se amalgamando e fundindo, apesar disso, pela razão que alguém deu no parlamento - de não caberem todos duma vez na mesma sala de jantar»<br /><br />GuerraJunqueiro<br />in Pátria<br />(gentilmente enviado pelo amigo antónio)</div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/02042462599118159389noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-891873197110385125.post-34746420844837535372008-02-21T23:10:00.002+00:002008-02-21T23:15:03.595+00:00Agentes culturais exigem valorização da cultura na cidade<div align="justify"> O Teatro Académico de Gil Vicente (TAGV) reuniu ontem diversos produtores culturais, que debateram a relação da cidade com a cultura. Os elementos consideraram que existe oferta cultural de qualidade, mas falta uma política da autarquia na área</div><div align="justify">«Estamos aqui em defesa dos que fazem cultura em Coimbra», começou por dizer Abílio Hernandez, moderador do debate, perante um público que preencheu quase todos os lugares do TAGV. O debate subordinado ao tema “Cidade, arte e política – o valor estratégico da cultura” debateu o papel da cultura na cidade e foi organizado pelos assinantes do manifesto “Pelo direito à cultura e pelo dever de cultura”, apresentado no passado mês de Janeiro.</div><div align="justify">O ex-presidente da “Coimbra Capital Nacional da Cultura 2003” defendeu que existe oferta cultural na cidade, mas acusou a Câmara Municipal de Coimbra (CMC) de não desenvolver uma política na área. «A autarquia tem mesmo uma política anti-cultural. Gostaríamos que a câmara estivesse aqui, mas não está, e não é fácil manter um diálogo com uma parede», acrescentou.</div><div align="justify">O professor universitário e ex-director do TAGV salientou que os agentes culturais «fazem um serviço público à sociedade, como um médico ou um padeiro». «As cidades são cada vez mais iguais e é a cultura que as distingue uma das outras», apontou.</div><div align="justify">O professor e economista José Reis foi o segundo a intervir. «A CMC ambiciona a pacatez e por isso Coimbra está a desperdiçar o potencial que tem na cultura», afirmou. O ex-secretário de Estado do Ensino Superior falou sobre a relação profunda entre metrópoles e as manifestações culturais. «Cada vez mais as actividades culturais são uma fonte de conhecimento e emprego das cidades», observou. «O papel de Coimbra no país está ameaçado, as políticas públicas são desfavoráveis e a imagem que projectamos de nós próprios e das nossas instituições não é a melhor», disse. Para o economista, «a cultura não é um problema, mas parte da solução da requalificação das cidades».</div><div align="justify">Já José António Bandeirinha, pró-reitor para a Cultura da Universidade de Coimbra, deu como referência o exemplo espanhol: «Lá, as mesmas pessoas que estão no campo de futebol e na praça de touros estão nos grandes halls culturais. Não há cultura de oposição, há oferta e as pessoas vão a tudo». «Em Coimbra a cultura tem de ser integrada na política da cidade, não pode ser vista como um lixo», explicou.</div><div align="justify">O painel de oradores foi completado pela socióloga Paula Abreu, que considerou que em Portugal as práticas culturais «estão limitadas por aquilo que é difundido pela televisão e rádio» e acusou a CMC de ter «medidas desarticuladas, sem qualquer política na cultura».</div><div align="justify">A professora universitária alertou que «as autarquias locais não podem atirar a responsabilidade para o Estado» e considerou que Portugal «está alheado e fechado ao debate cultural há muito tempo».O encontro contava inicialmente com a presença de Manuel Maria Carrilho, mas o deputado socialista e ex-ministro da Cultura esteve ausente devido a doença. António Pedro Pita, director Regional da Cultura do Centro, também esteve ausente, devido a uma reunião em Lisboa.</div><div align="justify">Debate muito participado</div><div align="justify">Os cidadãos de Coimbra (principalmente pessoas ligadas à universidade e a instituições culturais) foram sensíveis ao debate de ontem e marcaram presença em peso no Teatro Académico de Gil Vicente. As posições em torno da relação da cidade com a cultura foram diversas.</div><div align="justify">Ana Pires, ex-delegada do Ministério da Cultura em Coimbra e presidente da ProUrbe,</div><div align="justify">Apelou para «a resolução de conflitos em matéria cultural, como aqueles que envolvem espaços como o Teatro da Cerca de São Bernardo, o Centro de Artes Visuais ou o Museu de Transportes». «Queremos que os planos financeiros também sejam cumpridos pela câmara», apelou.</div><div align="justify">Claudino Ferreira, professor da Faculdade de Economia da UC, considerou que a cultura «tem um valor próprio antes de ter um valor estratégico» e concluiu que «quem lida com a cultura na cidade, como a autarquia, gosta pouco da cultura».</div><div align="justify">Já Luís Reis Torgal, professor catedrático na Faculdade de Letras, afirmou que o documento “Pelo direito à cultura e pelo dever de cultura” devia ter sido «mais amplo e consensual». «Esta cidade bate-se muito pouco pela cultura. Matou-se o [cine-teatro] Sousa Bastos e o Avenida e criaram-se centros comerciais», apontou.</div><div align="justify">Luís Quintães contestou o facto de a mesa de oradores ser constituída na íntegra por professores universitários. «Dá ideia que a cultura erudita se quer impor à popular, à que vem do povo», protestou.</div><div align="justify">Durante o período de debate, Abílio Hernandez foi questionado sobre o facto de o relatório de “Coimbra Capital Nacional da Cultura 2003” nunca ter sido revelado publicamente. O ex-director do evento defendeu-se, afirmando que foi entregue ao ministro da Cultura (na altura Pedro Roseta). «Não compete a mim publicar o relatório. Eu nem sei bem se o ministro de então ou se algum ministro da Cultura o leu. Nunca fui chamado a discutir o relatório e se calhar não teve importância nenhuma para ninguém», ironizou.</div><div align="justify">O Diário de Coimbra procurou entrar em contacto com o vereador da Cultura da CMC, Mário Nunes, para obter reacções às críticas feitas à autarquia durante o debate, mas tal não foi possível.</div><div align="justify">Depois do manifesto e do debate…Que futuro?</div><div align="justify">Isabel Craveiro, da direcção do Teatrão, apelou a que o manifesto “Pelo direito à cultura e pelo dever de cultura” e o debate ontem realizado tivessem seguimento.«Somos responsáveis por uma política cultural e não podemos ficar à espera que a câmara o faça. Lanço o desafio para que se façam propostas concretas para uma política na área da cultura», disse. A responsável apelou à articulação entre estruturas culturais e sugeriu a formação de grupos de trabalho, onde se juntariam instituições ligadas a todo o tipo de manifestação cultural.</div><div align="justify">O moderador do debate, Abílio Hernandez, não partilhou a mesma opinião, considerando que «não se pode exigir que os agentes culturais façam uma política cultural, mas pode exigir-se à câmara que o faça».Após o encontro, Abílio Hernandez afirmou que, para já, não estão programadas mais iniciativas. «Os agentes culturais não têm que ser governantes da cultura, não queremos substituir o papel da câmara, procuramos antes que ela assuma responsabilidades», disse. <br /> <br />21 de fevereiro 2007<br />Bruno Vicente </div>Diário de CoimbraAnonymoushttp://www.blogger.com/profile/02042462599118159389noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-891873197110385125.post-11333927720751800692008-02-21T23:04:00.001+00:002008-02-21T23:08:25.341+00:00Câmara de Coimbra acusada de ser um obstáculo à produção cultural na cidade<a href="http://jornal.publico.clix.pt/main.asp?dt=20080221&id="></a><div align="justify"><br /><span style="font-family:arial;"><strong>Iniciativa Amigos da Cultura 2008 juntou cerca de 400 pessoas no Teatro Académico de Gil Vicente. Concluíram que a cultura também precisa de cidadãos mobilizados.</strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;"><br /> </div></span><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Agentes culturais da cidade de Coimbra e os promotores da iniciativa Amigos da Cultura 2008 acusaram ontem a Câmara Municipal de Coimbra de ser um obstáculo à criação artística e de desvalorizar o papel da cultura no desenvolvimento da cidade.No colóquio Cidade, Arte e Política, que juntou cerca de 400 pessoas no Teatro Académico de Gil Vicente, Abílio Hernandez, ex-presidente da Coimbra Capital da Cultura, acusou mesmo os responsáveis autárquicos de promoverem uma política "anticultural". "Há cultura em Coimbra, apesar da câmara municipal. A câmara não só não age como entidade promotora como se assume como agente destruidor de projectos e de dinâmicas. E por isso temos o direito de protestar", afirmou.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Depois do lançamento do movimento Amigos da Cultura através de um blogue, o colóquio de ontem tinha por objectivo discutir o valor estratégico da cultura nas cidades. O ex-ministro da Cultura Manuel Maria Carrilho era um dos oradores convidados, mas acabou por não marcar presença devido a "problemas de saúde", justificou Abílio Hernandez.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">José Reis, economista e docente da Universidade de Coimbra, defendeu que actividades emergentes relacionadas com as indústrias criativas são "fonte de conhecimento, de riqueza e de emprego", algo que Coimbra "não tem sabido aproveitar". "E, neste campo em concreto, a câmara é uma entidade causadora de problemas. É uma entidade que não se dá bem com a contradição", afirmou.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">José Reis acrescentou ainda que Coimbra sofre hoje "múltiplas ameaças" devido a "políticas públicas que lhe são hostis", mas acrescentou que os cidadãos da cidade devem também assumir-se como "parte do problema". "A imagem que projectamos da cidade e das nossas instituições não é a melhor", concluiu.Ana Pires, presidente da associação cívica Pró-Urbe, acrescentou que a cidade também não se tem mobilizado devidamente para lutar pela cultura. "Nós permitimos que acabassem os Encontros de Fotografia. E isto é um escândalo. Nós permitimos que maltratassem A Escola da Noite. E isto é um escândalo. Nós deixamos que maltratem o que a nossa cidade tem de melhor", criticou. "O vereador da Cultura é muitas vezes responsabilizado pelo estado caótico do sector, mas o principal responsável político é o presidente de câmara", declarou.Apesar de partilhar parte das críticas feitas à actuação da câmara na área da cultura, Isabel Craveiro, de O Teatrão, sugeriu que os Amigos da Cultura formulassem também propostas à autarquia para alterar a situação. "Nós também somos responsáveis pela política cultural na cidade", afirmou. No final, Abílio Hernandez não se mostrou nada confiante na possibilidade de diálogo. "Não é fácil dialogar com uma parede, com quem tem uma visão instrumental da cultura. Se há alguma forma de classificar a política cultural desta câmara, eu diria que ela se rege pela mais enciclopédica das ignorâncias", declarou. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;"></span> </div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">21.02.2008, André Jegundo </span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Jornal Público</span></div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/02042462599118159389noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-891873197110385125.post-28160382491405729852008-02-15T22:40:00.002+00:002008-02-15T22:44:22.469+00:00Semana Cultural da UC<div align="justify">Imaginação dá mote para criação artística «Transformar o comum em extraordinário» e revelar «a cultura como o caminho para a felicidade» são os objectivos principais do evento, que este ano explora o mundo da imaginação enquanto abrigo de universos artísticosDe 1 a 8 de Março, Coimbra vai reunir artes plásticas, música, teatro e cinema, mas também colóquios, exposições e workshops. «Queremos que a iniciativa seja uma experiência de cruzamento entre criadores e públicos e que a universidade dê mais um passo para se mostrar à cidade», adiantou ontem o pró-reitor para a Cultura, José António Bandeirinha, na apresentação do programa da X Semana Cultural da Universidade de Coimbra (UC). Para António Bandeirinha vai ser «um desafio explorar a forma como utilizamos a imaginação e a criatividade para nos integrarmos e integramos os outros». O docente explicou que a semana cultural é sempre um evento que pretende dar dinâmica à cidade, «cruzando iniciativas internas e externas, bem como artistas nacionais e internacionais».O tema de 2008 está subordinado ao universo da imaginação como abrigo da criação cultural. Pela primeira vez o evento tem um assessor de programação. Giacomo Scalisi referiu que o importante «não é apenas programar espectáculos e convidar artistas a partilhar saberes». «É principalmente perguntar porque estamos a fazer tudo isto e qual é o nosso objectivo», explicou.</div><div align="justify">A organização está a apostar forte na participação do público e pretende que «as pessoas de Coimbra se sintam parte activa do evento». «Queremos ver as artes a entrar na cidade e a dialogar com as gentes que nela habitam», disse. Giacomo Scalisi realçou ainda que a interacção artística entre a semana cultural e Coimbra é relevante porque possibilita «momentos de troca» que levam à felicidade. «É importante porque as pessoas quando estão felizes olham o mundo de outra maneira e reparam em coisas que não viam antes». «Nós apostamos na cultura como o caminho para a felicidade», disse.«Movimentar as artes, chamar o artista de longe com a sua maneira de pensar e possibilitar um encontro entre as pessoas de Coimbra» são outros aspectos que o programador teve em conta para a criação da agenda da X Semana Cultural da UC.Programação “vasta e criativa” revela mundo do insólitoPara além do programador Giacomo Scalisi, a coreógrafa Madalena Victorino também integra a organização do evento. A responsável levantou o véu sobre as iniciativas principais que a cidade vai receber. “Caruma” reúne bailarinos e músicos, num projecto de arte comunitária que pretende colocar o público em contacto com o espaço físico que habita. As actuações têm início com sete elementos, mas o objectivo passa por alargar a participação a dezenas de pessoas do público. A iniciativa “Lembranças” combina teatro e dança e acontece nas ruas de Coimbra. «São espectáculos miniaturas onde, de repente, passa-se de uma situação da realidade para o mundo do insólito», explicou Madalena Victorino.O espectáculo musical «Auprès de ma blonde» também foi destacado na cerimónia de apresentação do programa cultural. Um percussionista e três músicos de instrumentos de sopro vão misturar música de circo e música popular com teatro e muito improviso. Segundo a organização, trata-se de «uma fanfarra de bolso cheia de momentos hilariantes, nascida na rua e alimentada por ela, aberta a tudo, que se instala para redescobrir dias de festa».Madalena Victorino vê a arte «como o caminho para a felicidade». «A arte tem a capacidade de fazer o comum ser extraordinário e, sem ser pretensiosa, é isso que queremos fazer com esta semana cultural», concluiu a coreógrafa.Para além do teatro e da música, a iniciativa desdobra-se em exposições, colóquios, debates e formações em torno do tema da imaginação artística, num programa cultural que inclui mais de 50 eventos. Reitoria e as faculdades da Universidade de Coimbra, através de professores e de núcleos de estudantes, as secções culturais da Associação Académica de Coimbra e organismos autónomos são as principais entidades projectoras da semana cultural, que conta ainda com a participação de grupos estrangeiros.</div><div align="justify">A décima edição da semana cultural inclui o dia aberto da universidade e a sessão solene comemorativa do 718.º aniversário da instituição, onde será entregue o prémio Universidade de Coimbra ao cientista José Epifânio da Franca. </div><div align="justify"></div><div align="justify">Retirado do Diário de Coimbra</div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/02042462599118159389noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-891873197110385125.post-64630733188902034312007-11-19T23:27:00.000+00:002007-11-19T23:33:13.990+00:00Empresas Criativas<div align="justify"><span style="font-family:arial;">A Fundação de Serralves apresentou ontem no Porto o seu projecto INSerralves, uma incubadora que se destina a acolher negócios com base em capacidades criativas e inovadoras. A ideia, segundo os responsáveis da fundação, é disponibilizar a 12 profissionais, constituídos em sociedade, das áreas da arquitectura, tecnologias da informação, design, vídeo, fotografia, produção artística, cinema, produção de conteúdos e outras, um espaço onde possam montar o seu negócio. Para integrar o INSerralves, os empresários devem candidatar-se a partir do dia 14 e até 14 de Janeiro, enviando a descrição das ideias/projectos, detalhando as suas múltiplas dimensões, com particular relevo para as componentes criativas, diferenciadoras e de negócio. A Área Metropolitana do Porto, a Casa da Música e a Porto Vivo - Sociedade de Reabilitação Urbana (SRU) são parceiros deste projecto, que conta ainda com o apoio do IAPMEIe é co-financiada pelo Programa Operacional da Região Norte.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Arial;"></span> </div><div align="justify"><span style="font-family:Arial;">Para mais informações consultem o seguinte endereço:</span></div><div align="justify"><a href="http://www.serralves.pt/gca/?id=3046">http://www.serralves.pt/gca/?id=3046</a></div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/02042462599118159389noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-891873197110385125.post-88223658708769133662007-10-25T22:40:00.000+01:002007-10-25T22:43:13.149+01:00O SILÊNCIO DAS SEREIAS<div align="left"><em><span style="font-family:arial;">Assim se prova que mesmo os meios mais insuficientes, </span></em></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;"><em>infantis, podem servir para nos salvar.<br /></em><br /><br />Para se defender das sereias, Ulisses tapou os ouvidos com cera e fez-se acorrentar ao mastro do navio. Naturalmente, todos os viajantes poderiam ter feito o mesmo (a não ser aqueles a quem as sereias atraíam à dis­tância), mas o mundo inteiro sabia que era um meio inútil. O canto das sereias atravessava tudo e a paixão dos seduzidos seria capaz de rebentar mais do que as correntes e o mastro. Mas Ulisses não pensou nisso, embora talvez tivesse ouvido falar destas coisas, confiou plenamente na cera e no molho de correntes. Cheio da alegria inocente que lhe davam os seus pequenos meios, foi ao encontro das sereias.<br />As sereias têm no entanto uma arma mais terrível ainda que o canto: o seu silêncio. Apesar de nunca ter acontecido, é possível imaginar que alguém escapasse aos seus cantos; mas do seu silêncio, sem dúvida que não. Nada há na terra que possa resistir tocado da sensação de as ter vencido com as próprias forças e da vaidade que dela resulta.<br />E, de facto, quando Ulisses passou, as terríveis cantoras não cantaram. Ou porque pensaram que este adversário só podia ser vencido pelo silêncio, ou porque a grande alegria no rosto de Ulisses, que só pensava na cera e nas correntes, as fez esquecer todos os cantos.<br />Ulisses, contudo, se é que assim se pode exprimir, não ouviu o seu silêncio; pensou que elas cantavam e que ele estava protegido contra o perigo de as ouvir. Por um instante, viu como elas mexiam o pescoço, a respiração profunda, os olhos em lágrimas, a boca entreaberta e pensou que tudo isto acompanhava as melodias que, em volta, ecoavam inauditas. Mas de imediato tudo se desvaneceu dos seus olhos fixos na distância, as sereias esfumaram-se do seu horizonte e precisamente quando mais perto delas esteve é que nada mais soube delas.<br />Mas elas, mais belas que nunca, estiravam-se, contorciam-se, soltavam ao vento os cabelos húmidos e abriam as garras contra os rochedos. Já não queriam seduzir, queriam apenas fixar, o mais demoradamente possível, o brilho dos grandes olhos de Ulisses.<br />Se as sereias tivessem consciência, teriam desaparecido naquele dia. Mas permaneceram e Ulisses escapou-se-lhes.<br />A tradição acrescenta ainda um comentário à história. Diz-se que Ulisses era tão astuto, tão raposa ladina, que nem a deusa do destino era capaz de lhe ler a alma. Talvez ele soubesse, ainda que isto seja inconcebível ao entendimento humano, que as sereias estavam em silêncio e tivesse feito do seu fingimento um escudo contra os deuses e contra elas.»<br /><br />Franz Kafka, “Das Schweigen der Sirenen”, tradução de Marco Alexandre Rebelo in O Espaço sem Volta, Lisboa, FCSH-Universidade Nova de Lisboa, 2005, pp. 62-64.</span> </div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/02042462599118159389noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-891873197110385125.post-3563870793110457442007-10-23T23:50:00.000+01:002007-10-26T22:11:08.879+01:00Uma Campanha Alegre<div align="justify">Há em Portugal quatro partidos: o Partido Histórico, o Regenerador, o Reformista, e o Constituinte. Há ainda outros, mas anónimos, conhecidos apenas de algumas famílias. Os quatro partidos oficiais, com jornal e porta aberta para a rua, vivem num perpétuo antagonismo, irreconciliáveis, latindo ardentemente uns contra os outros de dentro dos seus artigos de fundo. Tem-se tentado uma pacificação, uma união. Impossível! eles só possuem de comum a lama do Chiado que todos pisam e a Arcada que a todos cobre. Quais são as irritadas divergências e princípios que os separam? — Vejamos:<br />O Partido Regenerador é constitucional, monárquico, intimamente monárquico, e lembra nos seus jornais a necessidade da economia.<br />O Partido Histórico é constitucional, imensamente monárquico, e prova irrefutavelmente a urgência da economia.<br />O Partido Constituinte é constitucional, monárquico, e dá subida atenção à economia.<br />O Partido Reformista é monárquico, é constitucional, e doidinho pela economia!<br />Todos os quatro são católicos.<br />Todos os quatro são centralizadores.<br />Todos os quatro têm o mesmo afecto à ordem.<br />Todos os quatro querem o progresso, e citam a Bélgica.<br />Todos os quatro estimam a liberdade.<br />Quais são então as desinteligências? — Profundas! Assim, por exemplo, a ideia de liberdade entendem-na de diversos modos.<br />O Partido Histórico diz gravemente que é necessário respeitar as liberdades públicas. O Partido Regenerador nega, nega numa divergência resoluta, provando com abundância de argumentos que o que se deve respeitar são — as públicas liberdades.<br />A conflagração é manifesta!<br /><br /><br />Na acção governamental as dissensões são perpétuas. Assim o Partido Histórico propõe um imposto. Porque, não há remédio, é necessário pagar a religião, o exército, a centralização, a lista civil, a diplomacia... — Propõe um imposto.<br />«Caminhamos para uma ruína! — exclama o presidente do Conselho. — O défice cresce! O País está pobre! A única maneira de nos salvarmos é o imposto que temos a honra, etc....»<br />Mas então o Partido Regenerador, que está na oposição, brame de desespero, reúne o seu centro. As faces luzem de suor, os cabelos pintados destingem-se de agonia, e cada um alarga o colarinho na atitude dum homem que vê desmoronar-se a pátria!<br />— Como assim! — exclamam todos — mais impostos!?<br />E então contra o imposto escrevem-se artigos, elaboram-se discursos, tramam-se votações! Por toda a Lisboa rodam carruagens de aluguel, levando, a 300 réis por corrida, inimigos do imposto! Prepara-se o xeque ao Ministério histórico… Zás! cai o Ministério histórico!<br />E ao outro dia, o Partido Regenerador, no poder, triunfante, ocupa as cadeiras de São Bento. Esta mudança alterou tudo: os fundos decresceram mais, as transacções diminuíram mais, a opinião descreu mais, a moralidade pública abateu mais — mas finalmente caiu aquele Ministério desorganizador que concebera o imposto, e está tudo confiado, esperando.<br />Abre a sessão parlamentar. O novo Ministério regenerador vai falar.<br />Os senhores taquígrafos aparam as suas penas velozes. O telégrafo está vibrante de impaciência, para comunicar aos governadores civis e aos coronéis a regeneração da Pátria. Os senhores correios de secretaria têm os seus corcéis selados!<br />Porque, enfim, o Ministério regenerador vai dizer o seu programa, e todo o mundo se assoa com alegria e esperança!<br />— Tem a palavra o Sr. Presidente do Conselho.<br />— O novo presidente: «Um Ministério nefasto (apoiado, apoiado! — exclama a maioria histórica da véspera) caiu perante a reprovação do País inteiro. Porque, Senhor Presidente, o País está desorganizado, é necessário restaurar o crédito. É a única maneira de nos salvarmos...»<br />Murmúrios. Vozes: Ouçam! Ouçam!<br />«… É por isso que eu peço que entre já em discussão… (atenção ávida que faz palpitar debaixo dos fraques o coração da maioria…) que entre em discussão — imposto que temos a honra, etc. (apoiado, apoiado!)»<br />E nessa noite reúne-se o centro histórico, ontem no ministério, hoje na oposição. Todos estão lúgubres.<br />— «Meus senhores — diz o presidente, com voz cava. — O País está perdido! O ministério regenerador ainda ontem subiu ao poder e doze horas depois já entra pelo caminho da anarquia e da opressão propondo um imposto! Empreguemos todas as nossas forças em poupar o País a esta última desgraça! Guerra ao imposto!...»<br />Não, não! com divergências tão profundas é impossível a conciliação dos partidos.<br /><br />Eça de Queirós, Uma Campanha Alegre<br />(Enviado por Marco Rebelo)</div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/02042462599118159389noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-891873197110385125.post-18492994528376575862007-10-15T04:37:00.000+01:002007-10-20T21:56:21.157+01:00Porquê relacionar a criatividade com as cidades?<div align="justify">Historicamente as cidades sempre necessitaram da criatividade para funcionarem como mercados, locais de troca e centros de produção, com a sua massa crítica de empreendedores, artistas e intelectuais, estudantes, administradores e correctores. As cidades foram essencialmente os locais onde diferentes raças e culturas se misturaram permitindo com a sua interacção criar novas ideias, artefactos e instituições, ao mesmo tempo que permitiram às pessoas o espaço para que vivessem as suas ideias, necessidades, aspirações, sonhos, projectos, conflitos, memórias, ansiedades, amores, obsessões e medos.<br />Existem, no entanto, razões especiais para se pensar nos problemas actuais de uma cidade em termos criativos. Hoje, muitas das cidades do mundo enfrentam difíceis períodos de transição. As velhas industrias estão a desaparecer, o que implica que menos advém daquilo que manufacturamos e mais advém das aplicações de novos conhecimentos em produtos, processos e serviços. Os factores que antes moldavam o desenvolvimento das cidades – transportes, rios, proximidade de matérias-primas – tornaram-se menos relevantes. Ao mesmo tempo, um novo grupo de problemas tem surgido, em parte como o resultado da decadência dos antigos ritmos partilhados de vida e trabalho. Assim sendo, as alterações que surgiram nas últimas décadas e que alteraram a realidade social, tornando-a cada vez mais complexa, forçando-a, por exemplo, a lidar com problemas relacionados com ambiente, a saúde, a pobreza e a exclusão social, o crime e a insegurança, o acompanhamento do processo de globalização e da partilha de informação, que é cada vez mais rápida, necessitam de novas formas de perspectivar os problemas e de novas formas de os resolver. Num período de transição surge a necessidade de ir mais além das assunções herdadas.<br />Face ao exposto, podemos afirmar que a criatividade é central no pensamento das cidades neste século. Da mesma forma que as indústrias dos séculos dezanove e vinte dependiam de matérias-primas, ciência e tecnologia, as indústrias do século vinte e um dependem da formação de conhecimento através da criatividade e inovação, combinados com rigorosos sistemas de controlo. Isto tanto é verdade para empresários, negociantes envolvidos nas trocas de produtos como é para os produtores de programas de televisão, programadores de software ou mesmo empresários de teatro. Atingir o sucesso em todas estas áreas requer criatividade, interdisciplinaridade, pensamento holístico – qualidades que dependem de uma cidade que subtilmente os promova. No jogo da competição inter-urbana, ser uma base para firmas e instituições de conhecimento intensivo, como universidades, centros de investigação ou indústrias culturais, adquiriu uma nova importância estratégica. A competição futura entre nações, cidades e empresas tende a ser cada vez menos estabelecida nos recursos naturais, localização ou na reputação do passado e mais na capacidade de desenvolver imagens e símbolos atractivos e na capacidade de os projectar de uma forma efectiva. De facto, o processo de renovação urbana pode tornar-se num espectáculo, a estética veio substituir a ética no planeamento urbano contemporâneo (David Harvey, 1990)<a title="" style="mso-footnote-id: ftn1" href="http://www.blogger.com/post-edit.g?blogID=891873197110385125&postID=1849299452837657586#_ftn1" name="_ftnref1">[1]</a>.<br />Não é surpreendente, portanto, que muitas das velhas maneiras de pensar sobre as cidades não tenham acompanhado a velocidade das mudanças. Mas a tarefa não é simplesmente substituir um conjunto de paradigmas simples por outro. Precisamos, pelo contrário, de complementar as formas de pensar que existem com novas formas de raciocínio e métodos adicionais para acompanhar e lidar com a mudança. </div><div align="justify"><br /><a title="" style="mso-footnote-id: ftn1" href="http://www.blogger.com/post-edit.g?blogID=891873197110385125&postID=1849299452837657586#_ftnref1" name="_ftn1"><em>[1]</em></a><em> Harvey David, 1990, The Condition of Postmodernity - An Enquiry of Cultural Change, Blackwell: Oxford.</em></div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/02042462599118159389noreply@blogger.com3